Como a Depressão Afeta o Risco de Suicídio em Jovens Adultos
Introdução
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o suicídio é um grande problema em todo o mundo e uma das principais causas de morte. A cada ano, quase um milhão de pessoas tiram suas próprias vidas, e espera-se que essa taxa continue aumentando cerca de 2,4% de todas as mortes em todo o mundo. Além disso, muitas pessoas tentam o suicídio, mas não conseguem, e esse número é até 20 vezes maior do que as mortes por suicídio. Este artigo “Depressão e Suicídio em Jovens Adultos” é baseado em um estudo científico publicado na revista Acervo Saúde. Neste estudo, tem o sentido de compreender melhor por que alguns jovem adultos correm um risco maior de suicídio do que outros. Para fazer isso, observou a depressão e como ela se relaciona com os acontecimentos que acontecem na vida das pessoas.
Risco de Suicídio na Vida Adulta Jovem
O risco de suicídio é particularmente alto entre os jovens adultos. Isso pode estar relacionado a eventos de vida significativos que podem ser perturbadoras para algumas pessoas. Quando alguém não consegue lidar bem com o estresse e não mantém um equilíbrio emocional, pode desenvolver problemas psicológicos, como depressão. A depressão é comum em pessoas que enfrentam eventos estressantes em suas vidas. Chama a atenção que não são os eventos de vida em si que causam problemas emocionais, mas sim como as pessoas os percebem. Um evento pode ser altamente estressante para uma pessoa, mas não afetar outra da mesma maneira. O nível de desconforto geralmente é maior quando os eventos são inesperados e significativos para a pessoa.
Estresse e Comportamento Suicida – Depressão e Suicídio em Jovens Adultos
O comportamento suicida muitas vezes surge como uma resposta ao estresse causado por eventos de vida. Quando o estresse se torna esmagador e a pessoa não consegue lidar com o sofrimento emocional, ela pode desejar morrer como uma maneira de escapar desse sofrimento. Alguns eventos de vida que estão associados ao risco de suicídio em jovens adultos incluem a perda de familiares ou amigos próximos, problemas de saúde pessoal, problemas em relacionamentos amorosos, problemas familiares, alterações nos hábitos de sono, desafios acadêmicos, mudanças nas condições econômicas, e diminuição das atividades sociais e de lazer.
Estudo Sobre Percepção de Eventos Negativos e Risco Suicida
O presente estudo visa entender como a percepção de eventos de vida negativos pode aumentar o risco de suicídio. É considerando tanto a frequência quanto a intensidade desses eventos. Pesquisas anteriores mostraram que eventos de vida negativos estão relacionados ao risco de depressão, e por sua vez, ao risco de suicídio. A depressão é frequentemente desencadeada pela interação entre fatores internos (vulnerabilidades individuais) e fatores externos (eventos de vida negativos).
Dados do Estudo – Depressão e Suicídio em Jovens Adultos
Foram entrevistados 165 jovens adultos, tanto homens quanto mulheres, duas vezes ao longo de cinco meses. Eles responderam a algumas perguntas sobre coisas que aconteceram em suas vidas, como eventos ruins, e também sobre como se sentiam, especialmente se estavam deprimidos. Também perguntou se eles já tinham pensado em cometer suicídio. Foi realizado alguns cálculos e chegou a conclusão que a depressão é uma parte importante dessa história. Acontece que quando coisas ruins acontecem com as pessoas com frequência ou quando essas coisas são realmente intensas, elas são mais propensas a ficarem deprimidas. E, quando alguém está deprimido, o risco de que essa pessoa pense em cometer suicídio aumenta.
Resultado da Pesquisa – Depressão e Suicídio em Jovens Adultos
Nesta pesquisa, foi estudado como diferentes fatores estão relacionados entre si. Aqui estão as principais descobertas:
Analisando as Conexões entre os Fatores
- 1. A frequência de eventos de vida percebidos como negativos está relacionada significativamente com a depressão (ou seja, quando mais eventos ruins acontecem, a depressão tende a ser mais forte) e também está relacionada ao risco de suicídio.
- 2. A intensidade dos eventos de vida percebidos como negativos também está relacionada significativamente com a depressão e com o risco de suicídio.
- 3. A depressão, por si só, também está relacionada de forma significativa com o risco de suicídio (ou seja, pessoas com depressão têm um maior risco de pensamentos ou comportamentos suicidas)
Modelos de Análise
Foi usados dois modelos diferentes para analisar nossos dados:
- 1. O primeiro modelo mostrou que a idade, a depressão e a frequência de eventos de vida negativos estão diretamente relacionadas ao risco de suicídio. Além disso, a frequência de eventos de vida negativos também está relacionada indiretamente ao risco de suicídio, através da depressão. Isso significa que a depressão desempenha um papel importante na ligação entre eventos de vida negativos e risco de suicídio.
- 2. O segundo modelo mostrou resultados semelhantes, mas em vez da frequência, analisou a intensidade dos eventos de vida negativos. Novamente, a idade, a depressão e a intensidade dos eventos de vida negativos estão diretamente relacionadas ao risco de suicídio. E assim como no primeiro modelo, a intensidade dos eventos de vida negativos está relacionada indiretamente ao risco de suicídio, através da depressão.
- Esses modelos ajudaram a entender como a depressão age como um “elo” entre eventos de vida negativos e o risco de suicídio. Em resumo, quando as pessoas experimentam eventos de vida negativos ou têm depressão, seu risco de suicídio aumenta. A idade também desempenha um papel importante nessa equação. Portanto, entender essas conexões pode ser útil para prevenir o suicídio e oferecer apoio às pessoas em situações difíceis.
Reflexão dos Resultados
Esses resultados mostram que a depressão é como uma “ponte” entre coisas ruins que acontecem na vida de alguém e o risco de suicídio. É crucial que as pessoas que trabalham na área de saúde mental estejam cientes disso. Quando alguém passa por momentos difíceis na vida e está deprimido, isso pode aumentar o risco de que essa pessoa tenha pensamentos ou comportamentos suicidas. Portanto, prestar atenção à história recente de vida de alguém e como essa pessoa se sente em relação a essas experiências é fundamental para ajudar a prevenir o suicídio.
Entendendo o Risco de Suicídio em Jovens Adultos
Esta pesquisa teve como objetivo estudar duas maneiras de prever o risco de suicídio em jovens adultos. Para fazer isso, observou os eventos de vida que eles percebem como negativos (quantos aconteceram e quão intensos foram) e também considerou se eles estavam deprimidos. Foi levado em conta o gênero e a idade das pessoas também. Ambos os modelos usados para analisar os dados funcionaram bem.
Depressão e Risco de Suicídio
Os resultados mostraram que a depressão é um fator importante que liga a intensidade e a frequência de eventos de vida negativos ao risco de suicídio. Em ambos os modelos, descobrimos que a depressão, bem como a idade, estão diretamente relacionadas ao risco de suicídio. Esses resultados confirmam o que outros estudos já tinham encontrado, ou seja, que a depressão está fortemente ligada ao risco de suicídio, especialmente em jovens adultos.
Momento Crítico na Vida dos Jovens Adultos
Os resultados também indicaram que os jovens adultos mais velhos têm um risco maior de suicídio. Além disso, quanto mais frequentes e intensos forem os eventos de vida negativos percebidos, maior será o impacto no sofrimento emocional e, consequentemente, no risco de suicídio. Ou seja, não são os eventos em si que importam tanto, mas como as pessoas os veem. Quanto mais difíceis esses eventos parecem, maior é o risco de desenvolver depressão, o que, por sua vez, aumenta o risco de suicídio.
Estresse e Comportamento Suicida – Depressão e Suicídio em Jovens Adultos
Quando o nível de estresse se torna muito alto e a pessoa não consegue lidar com isso, a depressão pode surgir. Em alguns casos, o suicídio pode parecer uma saída para acabar com o sofrimento emocional.
Eventos de Vida e Risco de Suicídio
Constatou que 16 eventos de vida percebidos como negativos têm uma relação com o risco de suicídio através da depressão. Esses eventos incluem a morte de um ente querido, problemas de saúde própria ou de familiares, problemas em relacionamentos, mudanças significativas na vida pessoal, social e econômica, entre outros. Quanto mais desses eventos negativos uma pessoa experimenta e quanto mais intensos eles são percebidos, maior é o risco de desenvolver depressão e, consequentemente, estar em risco de suicídio. Essas relações são mais fortes em pessoas mais velhas.
Limitações e Implicações
Este estudo teve algumas limitações, como o fato de ter usado apenas autor-relatos e ter uma proporção desigual de participantes do sexo masculino e feminino. Além disso, houve uma taxa relativamente alta de desistência durante o estudo.
Importância das Práticas Religiosas
As práticas religiosas podem ser um importante recurso para a promoção da saúde mental. Estudos têm demonstrado que pessoas religiosas tendem a apresentar menor risco de desenvolver doenças mentais, como depressão, ansiedade e suicídio.
Alguns dos benefícios das práticas religiosas para a saúde mental incluem:
- Senso de propósito e significado: A religião pode fornecer um senso de propósito e significado na vida, o que pode ajudar a reduzir o estresse e a ansiedade.
- Suporte social: Às comunidades religiosas podem oferecer um forte senso de apoio social, o que pode ser importante para o bem-estar emocional.
- Rede de relacionamentos: As práticas religiosas podem promover o desenvolvimento de relacionamentos positivos, o que pode contribuir para a saúde mental.
É importante ressaltar que as práticas religiosas não são uma panaceia para as doenças mentais. Elas podem ser um importante recurso para pessoas que estão lutando contra a saúde mental.
Aqui estão alguns exemplos de práticas religiosas que podem ser benéficas para a saúde mental:
- Oração: A oração pode ser uma forma de se conectar com uma força superior e buscar conforto e orientação.
- Meditação: A meditação pode ajudar a reduzir o estresse e a ansiedade e melhorar o foco e a concentração.
- Participação em atividades religiosas: A participação em atividades religiosas, como cultos, missas ou reuniões, pode proporcionar um senso de comunidade e propósito.
Práticas religiosas podem ter um impacto indireto na redução do risco de suicídio, pois promovem valores de preservação da vida e apoio ao próximo.
Conclusão
Esses resultados mostram que a depressão é como uma “ponte” entre coisas ruins que acontecem na vida de alguém e o risco de suicídio. É crucial que as pessoas que trabalham na área de saúde mental estejam cientes disso. Quando alguém passa por momentos difíceis na vida e está deprimido, isso pode aumentar o risco de que essa pessoa tenha pensamentos ou comportamentos suicidas. Prestar atenção à história recente de vida de alguém e como essa pessoa se sente em relação a essas experiências é fundamental para ajudar a prevenir o suicídio por meio de intervenções psicológicas precoces.
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